sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A missa de todos os séculos

Capela nas catacumbas de roma.

Uma afirmação protestante é a de que a Santa Missa foi inventada pela Igreja Católica, e foge do verdadeiro culto que deve ser prestado a Deus. Que a missa, cheia de ritos e símbolos, não condiz com o que é pregado por Jesus Cristo. Desta forma, um culto protestante, baseado na Sola Scriptura e no seu livre-exame, sem uma ordem estabelecida ou ritos padronizados, seria o ideal.

Porém, isso não é o que nos conta a história. Já por volta do anos de 150 d.C. houve escritos que testemunhavam as cerimônias repetidas por nós na Santa Missa de cada dia. O católico deve ter conhecimento deste fato histórico, tanto para reafirmar a sua fé, como para defender a Santa Igreja Católica de difamações.

A seguir se encontra transcrito, do Catecismo da Igreja Católica, os relatos históricos de S. Justino Mártir.


A MISSA DE TODOS OS SÉCULOS

1345     Desde o século II temos o testemunho de S. Justino Mártir sobre as grandes linhas do desenrolar da Celebração Eucarística, que permaneceram as mesmas até os nossos dias para todas as grandes famílias litúrgicas. Assim escreve, pelo ano de 155, para explicar ao imperador pagão Antonino Pio (138-161) o que os cristãos fazem:
“No dia 'do Sol', como é chamado, reúnem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades, quer dos campos. Lêem-se, na medida em que o tempo o permite, ora os comentários dos Apóstolos, ora os escritos dos Profetas. Depois, quando o leitor terminou, o que preside toma a palavra para aconselhar e exortar à imitação de tão sublimes ensinamentos. A seguir, pomo-nos todos de pé e elevamos nossas preces por nós mesmos (...) e por todos os outros, onde quer que estejam, a fim de sermos de fato justos por nossa vida e por nossas ações, e fiéis aos mandamentos, para assim obtermos a salvação eterna.

Quando as orações terminaram, saudamo-nos uns aos outros com um ósculo. Em seguida, leva-se àquele que preside aos irmãos pão e um cálice de água e de vinho misturados.

Ele os toma e faz subir louvor e glória ao Pai do universo, no nome do Filho e do Espírito Santo e rende graças (em grego: eucharístia, que significa 'ação de graças' longamente pelo fato de termos sido julgados dignos destes dons.

Terminadas as orações e as ações de graças, todo o povo presente prorrompe numa aclamação dizendo: Amém.

Depois de o presidente ter feito a ação de graças e o povo ter respondido, os que entre nós se chamam diáconos distribuem a todos os que estão presentes pão, vinho e água 'eucaristizados' e levam (também) aos ausentes”.

1346     A liturgia da Eucaristia desenrola-se segundo uma estrutura fundamental que se conservou ao longo dos séculos até nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade básica:
-      a convocação, a Liturgia da Palavra, com as leituras,
-      a homilia e a oração universal;
-      a Liturgia Eucarística, com a apresentação do pão e do vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão.
Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem juntas “um só e mesmo ato do culto”; com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor.

1347     Por acaso não é exatamente esta a seqüência da Ceia Pascal de Jesus ressuscitado com seus discípulos? Estando a caminho, explicou-lhes as Escrituras, e em seguida, colocando-se à mesa com eles, “tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles”.

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